A “França insubmissa” de Mélenchon rumo ao 2º Turno
É apontado como a surpresa nestas presidenciais, figurando agora nas sondagens como o terceiro preferido pelo eleitorado francês. A poucos dias da primeira ronda, o candidato da esquerda radical dá o tudo por tudo para convencer os indecisos
MAFALDA GANHÃO
“Tudo é possível”. A quatro dias da primeira volta das presidenciais em França, há um gabinete de campanha onde cresce a confiança e se arregaçam as mangas para cumprir com todo o vigor uma reta final que pode confirmar Jean-Luc Mélenchon como a surpresa na corrida ao Palácio do Eliseu.
A subida nas intenções de voto registada pelo candidato da esquerda radical nas últimas semanas – uma das sondagens mais recentes atribui-lhe o terceiro lugar, com 19,5% – dá força aos apoiantes da “França insubmissa”. O porta-voz de Mélenchon fala de uma “etapa nova na história” do país e lembra que, atendendo à margem de erro, na verdade os quatro candidatos melhor colocados estão quase em situação de empate técnico.
Divulgada na terça-feira, é isso que mostra a sondagem da Ifop-Fiducial para a revista “Paris Match” e a Sud Radio. Com Emmanuel Macron a liderar (23%), seguido de Marine Le Pen (22%), Mélenchon é o terceiro preferido pelos franceses (19,5%), ultrapassando agora François Fillon (19%). Mas dizem também as consultas populares que mais de um quarto do eleitorado continua indeciso, o que justifica o tudo por tudo final.
Assegurar a passagem à segunda volta é a prioridade. Para o conseguir, Mélenchon tem a seu lado a maior parte dos jovens na faixa dos 18/24 anos e também uma estratégia de campanha inovadora, que – está visto – tem dado frutos. É disso exemplo o comício dado esta semana em Dijon, retransmitido em seis outras cidades através da projeção de um holograma.
Têm ajudado também as suas prestações nos debates, pelo que o último, agendado para esta quinta-feira na France 2, é aguardado com expectativa e otimismo pela sua equipa.
“Estamos concentrados na divulgação do programa, de forma a responder às dúvidas dos indecisos. Queremos que todos os eleitores que não estão de acordo com Emmanuel Macron, François Fillon e Marine Le Pen saibam que podem contar com Jean-Luc Mélenchon”, afirma Eric Coquerel, coordenador político da coligação Partido da Esquerda, que integra o staff de campanha de Mélenchon.
Muitos observadores atribuem o sucesso do candidato ao facto de os franceses desejarem uma solução radical, que faz eco nas promessas de abandono da União Europeia e da NATO feitas pelo representante da esquerda radical. Tal como é defendido um modelo político e económico que se afaste do capitalismo financeiro e a a renúncia de armas nucleares.
Macron mantém a liderança nas sondagens, mas Macron parece agora menos confortável. Aos eleitores que teme perder para Jean-Luc Mélechon deixou já um aviso: escolher Mélechon seria transformar a França numa espécie de Cuba, “mas sem sol”.
Formação em História,Geografia, Economia e Filosofia, apaixonado por arqueologia bíblica, geografia e história do cristianismo. Analista Geopolítico.
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