Palestina livre: Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel

“A justiça da causa determina o direito da luta. Sou um rebelde e a minha causa é a liberdade”,
 Yasser Arafat.
A greve de fome iniciada no dia 17 de abril pelos presos políticos palestinos em Israel – concluída no último sábado com algumas concessões por parte do regime sionista – denunciou ao mundo inúmeras torturas, tratamentos degradantes e negligências médicas que lhes têm sido desumanamente impostos, o que expõe o nível de degeneração a que chegou o regime de apartheid.
Atualmente, cerca de 6.500 palestinos, incluindo 62 mulheres e 300 adolescentes e crianças encontram-se detidos nos cárceres israelenses, cerca de 500 deles sob regime extrajudicial de detenção administrativa, sem nem mesmo processo ou acusação. Neste momento, 13 deputados palestinos estão presos, além do principal líder popular, Marwan Barghouthi, detido há 15 anos, cumprindo cinco penas de prisão perpétua por comandar levantes contra a ocupação.
Para tentar perpetuar a brutal colonização imposta desde 15 de maio de 1948 na Nakba (catástrofe), quando entre 750 mil e um milhão de palestinos foram expulsos de suas casas e de seu país, os militares israelenses praticam o genocídio contra todo um povo, como ficou claro na política de cerco e aniquilamento à Faixa de Gaza onde foram bombardeadas centenas de escolas, hospitais e reservatórios de água potável.
Como pudemos ver com nossos próprios olhos em visita à Palestina ocupada, o desmedido aparato militar, os postos de controle na Cisjordânia, as imensas cercas e enormes muros construídos por Israel têm o único propósito: roubar a liberdade e a dignidade, alastrando como um câncer o seu domínio sobre a soberania e a independência.
Felizmente, avança a nível internacional a campanha por Boicote Desinvestimento e Sanções (BDS), movimento que faz uma convocação para dar um basta aos vínculos acadêmicos, culturais, desportivos, militares e econômicos com o regime de ocupação. Acima de tudo, precisamos respaldar o povo palestino em sua luta por justiça, ainda mais com a grande possibilidade de aumento da barbárie após a ida de Donald Trump e seu posicionamento sionista. É inaceitável a continuidade da política de limpeza étnica, de apropriação dos cursos de água e das terras mais férteis, e de encarceramento massivo de milhões de pessoas em bantustões, exatamente como ocorria no regime de segregação racial da África do Sul. 
A recente conclamação da Confederação de Sindicatos da Noruega, representando mais de 910 mil trabalhadores - para que seja feito “um boicote internacional econômico, cultural e acadêmico a Israel” pelos direitos palestinos é um belo e energizante exemplo do sentimento de identidade e congraçamento irradiado pelos povos do mundo em apoio a esta nobre causa.

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