
A modelo Esti Mamo nasceu em 1983 em Chilga, no noroeste da Etiópia. Ela é membro da comunidade Beta Israel (Casa de Israel).
Há um desconhecimento de alguns de como a tradição oral e a história documental interpretam o surgimento dos hebreus na Etiópia.
Sabemos que os melhores historiadores sobre Beta Israel são os membros daquela comunidade, porque mantém tradições vivas comprovadas através da oralidade e um pertencimento milenar oriundo da tradição mosaica que não deixa dúvidas da sua originalidade, apesar de historiadores brancos tentarem colocar em dúvida uma das mais antigas comunidades hebreias existentes no mundo. Dúvida esta desfeita pelos próprios rabinos do judaísmo (askenazis e sefarditas) os quais sem saída tiveram discussões em exaustivas reuniões e chegaram à conclusão: A Casa de Israel é composta de verdadeiros hebreus.
Sabemos que os melhores historiadores sobre Beta Israel são os membros daquela comunidade, porque mantém tradições vivas comprovadas através da oralidade e um pertencimento milenar oriundo da tradição mosaica que não deixa dúvidas da sua originalidade, apesar de historiadores brancos tentarem colocar em dúvida uma das mais antigas comunidades hebreias existentes no mundo. Dúvida esta desfeita pelos próprios rabinos do judaísmo (askenazis e sefarditas) os quais sem saída tiveram discussões em exaustivas reuniões e chegaram à conclusão: A Casa de Israel é composta de verdadeiros hebreus.

(1) O Beta Israel são descendentes da tribo israelita de Dan.
(2) São descendentes de Menelik I, filho do rei Salomão e da rainha de Sabá.
(3) São descendentes dos cristãos etíopes e de “pagãos” que se converteram ao judaísmo séculos atrás.
(4) São descendentes de hebreus que fugiram de Israel para o Egito depois da destruição do Primeiro Templo em 586 a.C, e acabaram por se instalar na Etiópia.
As hipóteses um, dois e quatro se completam na própria explicação da comunidade, corrobora o histórico de suas migrações de Israel. A tradição oral, preservada pelos sacerdotes da comunidade, explica que houve uma migração dos filhos de Israel para o exílio no Egito, após a destruição do Primeiro Templo pelos assírios no ano de 586 a.C. e também no exílio babilônico. Estes hebreus permaneceram por centenas de anos no Egito até o reinado de Cleópatra que a auxiliaram na guerra contra Cesar Augustus, sendo derrotados na guerra, eles fugiram para a Arábia do Sul, posteriormente foram para o Yemen; outros se dirigiram para o Sudão até chegarem à Etiópia.

Os hebreus na Etiópia mantiveram os seus costumes da época mosaica sem influência do judaísmo (não existe esta palavra nos escritos sagrados) e seus talmudes (interpretações da lei criada pelos askenazis). As tradições de Beta Israel estão baseadas na Torá que está escrito em pergaminhos eoutros livros considerados sagrados como o de Enoque, seus costumes são bem antigos e muitos deles somente praticados pela comunidade e eram desconhecidos pelos chamados judeus (origem europeia - askenazis) atuais.

Os hebreus da Etiópia sempre foram considerados estrangeiros, pessoas estranhas a região, por manterem vivos os costumes ancestres do mosaismo, foram discriminados e perseguidos, tendo resistido por milhares de anos. Tanto assim que o termo falasha significa estrangeiros.
O Kebra Nagast, relato escrito em Ge'ez das origens da linha salomônica dos Imperadores da Etiópia, é legitimamente questionado pela casa de Beth Israel. O objetivo do livro é proclamar a Glória dos Reis. Não a glória dos reis hebreus, mas a glória dos reis cristãos, escrito, em sua maioria, provavelmente no século XIV para deslegitimar a dinastia Zagwe, e proclamar a dinastia salomônica que é uma dinastia cristã reverenciada como legitima na Etiópia e pelos grupos rastafáris nas Américas, considerada pelo Beth Israel como uma dinastia usurpadora do trono hebreu e transformadora das tradições ancestrais. O Kebra Nagast é considerado uma falácia pelos verdadeiros hebreus.A resistência dos hebreus após a conversão de Ezana ao cristianismo (religião branca europeia) realizado por Frumêncio foi ativa, onde se recusaram a adotar o cristianismo e ocorreu uma guerra civil entre os hebreus e os cristãos, os hebreus migraram para a serra de Siemen e fundaram o Reino de Siemen (Reino dos Gideões) na parte oeste-norte da Etiópia, cujo primeiro rei foi Fineas.
As guerras foram constantes por causa das perseguições do império cristão etíope. No século nono, durante uma batalha, o rei hebreu foi morto, assumindo o reinado a sua filha que se tornou a imperatriz hebreia Judith que aliada ao povo de Agaw investiu contra o império axumita no ano de 960. As tropas da confederação das tribos de Israel e Agaw, lideradas pela Rainha Judith, invadiram a capital de Axum conquistando-a e destruindo-a, queimaram inúmeras igrejas e impuseram o Estado hebreu sobre Axum. Além disso, o trono Axumita foi arrancado e as forças da Rainha Judith saquearam e incendiaram o mosteiro de Debre Damo, que a época era um tesouro e uma prisão para os parentes do sexo masculino do imperador da Etiópia, matando todos os herdeiros potenciais do imperador. A rainha hebreia Judith governou por 40 anos, tendo os seus sucessores governados por mais de 400 anos toda a Etiópia.
As guerras foram constantes por causa das perseguições do império cristão etíope. No século nono, durante uma batalha, o rei hebreu foi morto, assumindo o reinado a sua filha que se tornou a imperatriz hebreia Judith que aliada ao povo de Agaw investiu contra o império axumita no ano de 960. As tropas da confederação das tribos de Israel e Agaw, lideradas pela Rainha Judith, invadiram a capital de Axum conquistando-a e destruindo-a, queimaram inúmeras igrejas e impuseram o Estado hebreu sobre Axum. Além disso, o trono Axumita foi arrancado e as forças da Rainha Judith saquearam e incendiaram o mosteiro de Debre Damo, que a época era um tesouro e uma prisão para os parentes do sexo masculino do imperador da Etiópia, matando todos os herdeiros potenciais do imperador. A rainha hebreia Judith governou por 40 anos, tendo os seus sucessores governados por mais de 400 anos toda a Etiópia.

A Idade de Ouro do reino de Beta Israel ocorreu, de acordo com a tradição etíope, entre os anos 858-1270, na qual o reino hebreu floresceu. Durante esse período, os israelitas espalhados pelo mundo ouviram falar pela primeira vez as histórias de Eldad ha-Dani que aparentemente visitou o reino. Marco Polo e Benjamin de Tudela também mencionaram um reino israelita independente na Etiópia nos escritos desse período. Este período termina com a ascensão da dinastia cristã salomônica.
No ano de 1270, os cristãos assumem de novo o poder e longas guerras começam, e no reinado do imperador cristão Yeshaq (1414-1429) o reino hebreu é invadido e dividido em três províncias, sendo forçada a conversão de muitos israelitas ao cristianismo, sob a ameaça de que ou se convertiam ou perdiam as terras. Yeshaq decretou: "Aquele que é batizado na religião cristã pode herdar a terra de seu pai, caso contrário, deixá-lo ser um Falāsī". Isso pode ter sido a origem do termo "Falasha" (falāšā, "andarilho", ou "pessoa sem-terra"). Neste período os hebreus foram considerados pessoas de segunda categoria, inferiores aos cristãos.
Os israelitas não se curvaram as humilhações e a apropriação de suas terras pelos cristãos e em 1450 após reativarem o exército invadiram o império cristão etíope, mas foram derrotados, resultando no massacre durante sete anos de milhares de hebreus.
Quando os muçulmanos invadem a Etiópia na sua guerra de expansão pelo território africano, os hebreus fazem um pacto de paz e auxiliam os exércitos cristãos contra o inimigo do Islã, sendo derrotados pelos muçulmanos e sofrendo mais uma vez um violento massacre das tropas otomanas e do sultanato de Adal. Como apoio do império cristão axumita e de seus aliados portugueses e das ordens dos jesuítas conseguem expulsar os muçulmanos, mas, com o auxílio das forças de Portugal e da Ordem dos Jesuítas, o império etíope, sob o domínio do imperador Gelawdewos, invadiu o reino hebreu e executou o rei Jorão. A consequência dessa traição dos cristãos foi que o reino hebreu se tornou restrito a região das Montanhas Semien.
Com a morte de Jorão, o rei Radi assume o trono hebreu e faz guerra contras o imperador cristão Menos, conseguindo reforçar as suas defesas das montanhas Semien. No governo do imperador cristão Sarsa Denge, o reino hebreu é novamente invadido e o rei hebreu Gósen e muitos de seus soldados foram executados. O desespero dos hebreus levou a muitos membros do reino a cometer o suicídio. Em 1627, o imperador Susenyos invade o reino hebreu e após derrotá-lo, anexa-o ao império etíope.
"Os homens e mulheres Falasha lutaram até a morte das alturas escarpadas da sua fortaleza... lançaram-se sobre o precipício ou cortaram a gargantas uns dos outros ao invés de serem presos, era um Masada Falasha. [Os líderes rebeldes] queimaram toda a história escrita dos Falasha e todos os seus livros religiosos, era uma tentativa de erradicar para sempre a memória hebraica da Etiópia” (Righteous Judeus, AAEJ Imprensa, 1981).
Os hebreus foram capturados e vendidos como escravos, forçados ao batismo cristão, e tiveram negado o direito à própria terra. A independência de Beta Israel foi retirada, assim como ocorreu com seus irmãos israelitas em Massada, séculos antes em Israel.
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